Projetos foram assegurados graças à assinatura de um protocolo de intenções entre o Governo do Estado e a Associação Alberto Santos Dumont para Apoio à Pesquisa
Uma base sólida de ciência e tecnologia vai ser desenvolvida no semi-árido baiano. Com possibilidade de qualificação e inserção da população local no mercado de trabalho, além da descoberta de novos talentos na área da ciência, dois projetos para a região foram anunciados, nesta segunda-feira (7), na Governadoria - a implantação do Centro de Educação Científica da Bahia, que vai funcionar na cidade de Serrinha e terá capacidade para atender a 400 alunos, e a criação do Instituto Internacional de Biotecnologia e Bioprospecção do Semi-Árido da Bahia (IINN-SAB), que deverá ser construído em Feira de Santana. As duas iniciativas somam R$ 4,97 milhões em investimentos.
Os projetos foram assegurados graças à assinatura de um protocolo de intenções entre o Governo do Estado e a Associação Alberto Santos Dumont para Apoio à Pesquisa (Aasdap). A idéia do centro é trabalhar a inclusão social de crianças e adolescentes da rede pública do semi-árido, por meio de conceitos e práticas da ciência moderna.
As obras devem começar em setembro e a primeira classe iniciar os estudos em março de 2009. A prefeita de Serrinha, Tânia Lomes, recebeu a notícia com entusiasmo. “Para o município, é uma grande oportunidade. Acreditamos no potencial da nossa gente e espero que muitos cientistas sejam revelados”, enfatizou.
Já os estudos que prevêem a criação do Instituto Internacional de Biotecnologia e Bioprospecção do Semi-Árido da Bahia (IINN-SAB) devem começar ainda este mês, com previsão de conclusão para janeiro do próximo ano. Para a sua construção, serão elaborados planos científicos e diagnósticos das vocações regionais, com a meta de estabelecer parcerias e definir estratégias destinados ao bom funcionamento do local.
Tecnologia de ponta
O protocolo de intenções foi assinado pelo governador Jaques Wagner, pelo secretário da Ciência, Tecnologia e Inovação, Ildes Ferreira, e pelo presidente da Aasdap, Miguel Ângelo Nicolelis. Na opinião de Wagner, o acordo simboliza a interiorização da pesquisa e da tecnologia no estado. “O semi-árido vai ganhar uma outra feição depois disso. É uma região que tem muito a oferecer, basta aportar conhecimento. Aqui, nós plantamos a semente e espero que ela possa frutificar”, declarou.
O protocolo de intenções foi assinado pelo governador Jaques Wagner, pelo secretário da Ciência, Tecnologia e Inovação, Ildes Ferreira, e pelo presidente da Aasdap, Miguel Ângelo Nicolelis. Na opinião de Wagner, o acordo simboliza a interiorização da pesquisa e da tecnologia no estado. “O semi-árido vai ganhar uma outra feição depois disso. É uma região que tem muito a oferecer, basta aportar conhecimento. Aqui, nós plantamos a semente e espero que ela possa frutificar”, declarou.
Médico e cientista brasileiro, o professor Miguel Ângelo Nicolelis elogiou a “ousadia” do governo baiano ao levar tecnologia de ponta ao interior do estado. “Isso vai permitir que o semi-árido tenha contato com novas oportunidades e ferramentas de produção de conhecimento. Será uma porta aberta para novos ‘Santos Dumonts’ voarem com seus ‘14 Bis’ pelo interior e, assim, construírem o mundo que sonhamos”, falou ele, com a autoridade de quem é considerado um dos maiores pesquisadores do mundo. Na Universidade Duke, nos Estados Unidos, Nicolelis desenvolve pesquisas sobre o cérebro e lidera um grupo de estudiosos na área de neurociência.
A Aasdap foi criada em 2004, com a missão de propriciar um ambiente destinado a reunir competências nos principais setores da ciência moderna, tendo em vista o desenvolvimento de pesquisas de ponta em múltiplas áreas do conhecimento.
A parceria da instituição com o governo baiano foi bem recebida pelo secretário Ildes Ferreira. “As duas iniciativas firmadas aqui vão funcionar como um canal importante na descoberta de novos talentos no semi-árido, na pele de meninos e meninas que, certamente, vão se apaixonar por ciência e tecnologia”, comentou o secretário.
Centro de Educação Científica da Bahia – R$ 4,1 milhões.
Instituto Internacional de Biotecnologia e Bioprospecção do Semi-árido da Bahia – R$ 870 mil.
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