Educação no Semi-Árido Brasileiro (Filosofia)
Quase 11 milhões de crianças e adolescentes vivem na região semi-árida do Brasil, identificada em 11 Estados, entre eles, a Bahia. É uma população mais jovem do que a média nacional, mas com o futuro comprometido pelos graves indicadores sociais.
O acesso à educação é precário e muitos colégios estão desconectados da realidade sócio-cultural dos estudantes. De acordo com o relatório Crianças e Adolescentes no Semi-árido Brasileiro 2003, produzido pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), mais de 350 mil meninos e meninas de 10 a 14 anos não freqüentam a escola e os que estudam, demoram 11 anos para concluir o ensino fundamental.
Mais de 390 mil adolescentes (10,15%) são analfabetos. A sociedade civil está mobilizada, pressionando o governo para a definição e execução de políticas públicas que promovam mudanças estruturais na região mais pobre do país. A Resab - Rede de Educação do Semi-Árido Brasileiro tem como prioridade contribuir para a melhoria da qualidade do ensino, especialmente em escolas rurais da rede pública.
O espaço de articulação política regional é voltado para o debate e elaboração de uma proposta político-pedagógica de educação para a convivência com o Semi-árido. Congrega mais de 200 organizações não-governamentais e entidades do poder público. Os diversos atores envolvidos com a questão trocam experiências em encontros pedagógicos e conferências (estaduais e nacional), com o objetivo de elaborar um currículo escolar adequado às formas de vida e às problemáticas da região.
A Resab ainda disponibiliza bancos de dados sobre a temática, atua junto a órgãos do governo, cobrando critérios coerentes para definir os custos com alunos do meio rural; propõe diretrizes para políticas públicas de educação; incentiva a formação de educadores adequada às especificidades da região; e contribui na elaboração do Plano de Ações Educativas para a Prevenção e Combate à Desertificação no Semi-Árido.
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