IDAN (Postagem - Daiane Guedes)

O IDAN – Instituto do Desenvolvimento Sustentável do Semi-Árido, associação sem fins lucrativos, criada em 02 de junho de 2006, tem como finalidade principal contribuir para o desenvolvimento econômico e social das famílias agrícolas do semi-árido baiano, promovendo o combate à pobreza, através da educação e organização dos produtores, implantar e consolidar o associativismo, as parcerias rurais integradas e a inserção em cadeias produtivas.
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Semi Arido e Seus Criterios
O SEMI-ÁRIDO
O semi-árido brasileiro se diferencia não só pelas especificidades físico-climaticas deste espaço como pelas condições sócio-econômicas da sua população. Abrangendo a maior área territorial dentre os espaços naturais que compõe a região Nordeste, localizada em uma região que recebe pouca influência das massas de ar úmidas e frias vindas do Sul, o semi-árido se caracteriza por médias térmicas acima de 26° C, índice pluviométrico com média anual entre 300 mm e 800 mm, além de distribuição irregular das chuvas, baixa umidade, intensa evaporação e elevado escoamento superficial das águas. Estas condições conformam uma acentuada deficiência hídrica que constituem-se no principal problema que afeta o povo nordestino.
Em 10 de março de 2005, o Ministério da Integração Nacional instituiu uma nova delimitação do semi-árido brasileiro, tomando por base três critérios técnicos.
CRITÉRIOS TÉCNICOS PARA DELIMITAÇÃO DO SEMI-ÁRIDO BRASILEIRO:
· Precipitação pluviométrica média anual inferior a 800 milímetros;
· Índice de aridez de até 0,5 calculado pelo balanço hídrico que relaciona as precipitações e a evaporização potencial entre 1961 e 1990; e
· Risco de seca maior que 60%, tomando por base o período entre 1970 e 1990.
Baseado nestes novos critérios, a área classificada como semi-árido brasileiro aumentou de 892.309,4 Km2 para 969.589,4 Km2, representando:
• 1133 municípios dos Estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahiae Norte de Minas Gerais;
• População 20.858.264 pessoas, sendo 44% residindo na área rural.
• 10,5% do território nacional.
• 53,9% do território nordestino.
• Insolação média de 2.800 h/ano.
• Evaporação média de 2.000 mm/ano; e
• Umidade relativa do ar média em torno de 50%.
O semi-árido brasileiro se diferencia não só pelas especificidades físico-climaticas deste espaço como pelas condições sócio-econômicas da sua população. Abrangendo a maior área territorial dentre os espaços naturais que compõe a região Nordeste, localizada em uma região que recebe pouca influência das massas de ar úmidas e frias vindas do Sul, o semi-árido se caracteriza por médias térmicas acima de 26° C, índice pluviométrico com média anual entre 300 mm e 800 mm, além de distribuição irregular das chuvas, baixa umidade, intensa evaporação e elevado escoamento superficial das águas. Estas condições conformam uma acentuada deficiência hídrica que constituem-se no principal problema que afeta o povo nordestino.
Em 10 de março de 2005, o Ministério da Integração Nacional instituiu uma nova delimitação do semi-árido brasileiro, tomando por base três critérios técnicos.
CRITÉRIOS TÉCNICOS PARA DELIMITAÇÃO DO SEMI-ÁRIDO BRASILEIRO:
· Precipitação pluviométrica média anual inferior a 800 milímetros;
· Índice de aridez de até 0,5 calculado pelo balanço hídrico que relaciona as precipitações e a evaporização potencial entre 1961 e 1990; e
· Risco de seca maior que 60%, tomando por base o período entre 1970 e 1990.
Baseado nestes novos critérios, a área classificada como semi-árido brasileiro aumentou de 892.309,4 Km2 para 969.589,4 Km2, representando:
• 1133 municípios dos Estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahiae Norte de Minas Gerais;
• População 20.858.264 pessoas, sendo 44% residindo na área rural.
• 10,5% do território nacional.
• 53,9% do território nordestino.
• Insolação média de 2.800 h/ano.
• Evaporação média de 2.000 mm/ano; e
• Umidade relativa do ar média em torno de 50%.
Educação no Semi Arido (Filosofia)
RESAB adia realização do II Seminário Nacional sobre Educaçao Contextualizada no Semiárido
A Rede de Educação do Semiárido Brasileiro (RESAB) e o Instituto Nacional do Semiárido (INSA) adiaram realização do II Seminário sobre Educação Contextualizada para a Convivência com o Semiárido Brasileiro, previsto para o período de 24 a 26 de novembro, no Grande Hotel de Juazeiro, no município de Juazeiro da Bahia. A previsão é que em breve a nova data possa está sendo divulgada.
O referido Seminário tem por objetivo geral, contribuir para a ampliação e fortalecimento de articulação, interação e debate entre profissionais da educação, pesquisadores (as), gestores (as) de Programas e políticas públicas, educadores populares, estudantes e público, em geral, visando à produção coletiva de subsídios voltados ao aperfeiçoamento, formulação e implementação de políticas públicas que contemplem os princípios e preceitos teórico-metodológicos da educação contextualizada para a convivência com o Semiárido.
O evento será constituído de palestras, mesas, painéis, lançamentos de livros e debates. Poderão participar do Seminário profissionais da educação, pesquisadores, gestores de programas e políticas públicas, estudantes e outras pessoas interessadas no tema. As inscrições poderão ser efetivadas em breve através do site específico do evento.
Complexo regional do Nordeste
O complexo regional do Nordesde é composto por dez estados, e têm quase a forma do nordeste da divisão oficial, tirando a parte leste do Maranhão, e adicionando o norte de Minas Gerais. Por ser a primeira região colonizada pelos portugueses, o nordeste guarda muitas características históricas, e também, é bem povoado, principalmente no litoral. Extende-se por uma área de aproximadamente 1.542.271 km², com uma população total de aprox. 43 milhões de habitantes.
Devido às características do clima, vegetação e população, o Nordesde foi dividido em outras quatro sub-regiões:Sertão, Zona da Mata, Agreste e Meio Norte.
O Relevo
O relevo nordestino é caracterizado por planaltos, depressões e planícies. Na porção oeste, estão localizados osPlanaltos e Chapadas da bacia do rio Parnaíba (Chapada Diamantina), Na região central, está a depressão que ocupa a maior parte do Nordeste, causada pelo rio São Francisco, no litoral estão as planícies e tabuleiros, e, numa parte leste (mas não no litoral), está o planalto da Borborema, que é um dos principais responsáveis pela seca (impede as chuvas de chegarem ao sertão.)
Hidrografia
A rede fluvial do Nordeste é composta por muitos rios temporários, que secam durante boa parte do ano, porém alguns são perenes. O rio principal, o São Francisco, é um dos maiores do Brasil, e corta desde o sul da região, passa pelo interior e deságua no Oceano Atlântico. Ele é de extrema importância para o nordeste, pois é a salvação para milhões de habitantes do sertão nordestino. Também é muito utilizado para transporte de cargas e pessoas, irrigação de lavouras.
Rio São Francisco
Por cortar regiões de diferentes altitudes, as quedas d’água são bastante utilizadas para construção de hidrelétricas e geração de energia, que é destinada ao consumo da região centro-sul e do próprio nordeste. Algumas das mais importantes usinas: Três Marias, Sobradinho, Itaparica, Paulo Afonso (I, II, III e IV) e a de Xingó.
O rio também é muito utilizado para transporte, principalmente numa faixa de aproximadamente 1000 km de extensão, que vai desde Pirapora em Minas Gerais até Juazeiro na Bahia e Petrolina em Pernambuco.

O velho Chico, como é conhecido pelos nordestinos, está servindo também para irrigação nas áreas mais secas, possibilitando a produção de frutas para exportação.
Clima
O clima nordestino é predominantemente tropical, em razão da proximidade com a linha do equador. O relevo contribui para a formação do clima semi-árido na região central, e no litoral encontramos o clima tropical úmido.
O clima tropical é caracterizado por médias de temperaturas muito elevadas, e com muitas chuvas numa parte do ano, e seca na outra parte. O semi-árido é um clima de altas temperaturas, e poucas chuvas, distribuidas de formas irregulares durante o ano. Também conhecido como polígono das secas, é a região mais “famosa” e problemática do nordeste (talvez do Brasil, em relação a aspectos climáticos).
Vegetação
O complexo Regional do Norteste tem uma vegetação que reflete quase que fielmente as características climáticas. Na área em que o clima é o tropical, com altas temperaturas o ano todo, e uma estação de seca e outra chuvosa, a vegetação encontrada é a de cerrado, caracterizada por árvores de pequeno porte e arbustos.

Cerrado
Na faixa de terra em que encontramos o clima semi-árido, está a caatinga. As altas temperaturas e a pouca quantidade de chuvas faz com que a vegetação tenha um aspecto desértico, com cactos e plantas secas (xerófilas, herbáceas, arbustos, etc).

Caatinga
Na zona oeste encontramos a Mata dos Cocais, onde a proximidade com o clima equatorial ajuda um maior desenvolvimento das plantas. Uma das fontes de renda das pessoas dessa região é a extração de babaçu (das palmeiras de babaçu) e os coqueiros de carnaúba.
Devido às características do clima, vegetação e população, o Nordesde foi dividido em outras quatro sub-regiões:Sertão, Zona da Mata, Agreste e Meio Norte.
O Relevo
O relevo nordestino é caracterizado por planaltos, depressões e planícies. Na porção oeste, estão localizados osPlanaltos e Chapadas da bacia do rio Parnaíba (Chapada Diamantina), Na região central, está a depressão que ocupa a maior parte do Nordeste, causada pelo rio São Francisco, no litoral estão as planícies e tabuleiros, e, numa parte leste (mas não no litoral), está o planalto da Borborema, que é um dos principais responsáveis pela seca (impede as chuvas de chegarem ao sertão.)
Hidrografia
A rede fluvial do Nordeste é composta por muitos rios temporários, que secam durante boa parte do ano, porém alguns são perenes. O rio principal, o São Francisco, é um dos maiores do Brasil, e corta desde o sul da região, passa pelo interior e deságua no Oceano Atlântico. Ele é de extrema importância para o nordeste, pois é a salvação para milhões de habitantes do sertão nordestino. Também é muito utilizado para transporte de cargas e pessoas, irrigação de lavouras.
Rio São Francisco
Por cortar regiões de diferentes altitudes, as quedas d’água são bastante utilizadas para construção de hidrelétricas e geração de energia, que é destinada ao consumo da região centro-sul e do próprio nordeste. Algumas das mais importantes usinas: Três Marias, Sobradinho, Itaparica, Paulo Afonso (I, II, III e IV) e a de Xingó.
O rio também é muito utilizado para transporte, principalmente numa faixa de aproximadamente 1000 km de extensão, que vai desde Pirapora em Minas Gerais até Juazeiro na Bahia e Petrolina em Pernambuco.
O velho Chico, como é conhecido pelos nordestinos, está servindo também para irrigação nas áreas mais secas, possibilitando a produção de frutas para exportação.
Clima
O clima nordestino é predominantemente tropical, em razão da proximidade com a linha do equador. O relevo contribui para a formação do clima semi-árido na região central, e no litoral encontramos o clima tropical úmido.
O clima tropical é caracterizado por médias de temperaturas muito elevadas, e com muitas chuvas numa parte do ano, e seca na outra parte. O semi-árido é um clima de altas temperaturas, e poucas chuvas, distribuidas de formas irregulares durante o ano. Também conhecido como polígono das secas, é a região mais “famosa” e problemática do nordeste (talvez do Brasil, em relação a aspectos climáticos).
Vegetação
O complexo Regional do Norteste tem uma vegetação que reflete quase que fielmente as características climáticas. Na área em que o clima é o tropical, com altas temperaturas o ano todo, e uma estação de seca e outra chuvosa, a vegetação encontrada é a de cerrado, caracterizada por árvores de pequeno porte e arbustos.
Cerrado
Na faixa de terra em que encontramos o clima semi-árido, está a caatinga. As altas temperaturas e a pouca quantidade de chuvas faz com que a vegetação tenha um aspecto desértico, com cactos e plantas secas (xerófilas, herbáceas, arbustos, etc).
Caatinga
Na zona oeste encontramos a Mata dos Cocais, onde a proximidade com o clima equatorial ajuda um maior desenvolvimento das plantas. Uma das fontes de renda das pessoas dessa região é a extração de babaçu (das palmeiras de babaçu) e os coqueiros de carnaúba.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
O Semi-Árido
O SEMI-ÁRIDO

09.04.2003
O Semi-Árido brasileiro é um dos maiores, mais populosos e também mais úmidos do mundo. Estende-se por 868 mil quilômetros, abrangendo o norte dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, os sertões da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e uma parte do sudeste do Maranhão. Vivem nessa região mais de 18 milhões de pessoas, sendo 8 milhões na área rural. A precipitação pluviométrica é de 750 milímetros anuais, em média. Em condições normais, chove mais de 1.000 milímetros. Na pior das secas, chove pelo menos 200 milímetros, o suficiente para dar água de qualidade a uma família de cinco pessoas por um ano.
Mas a chuva é má distribuída física e temporalmente. Devido às características climáticas da região, o Nordeste possui um dos maiores índices de evaporação do Brasil, o que torna reservatórios de água pouco profundos inúteis em épocas de seca. Além disso, a água dos barreiros e açudes, baixadas onde se acumula a chuva, é geralmente poluída e cheia de vermes. Essa água é responsável por grande parte das doenças do sertão: amebíase, diarréia, tifo, cólera.
Mas a chuva é má distribuída física e temporalmente. Devido às características climáticas da região, o Nordeste possui um dos maiores índices de evaporação do Brasil, o que torna reservatórios de água pouco profundos inúteis em épocas de seca. Além disso, a água dos barreiros e açudes, baixadas onde se acumula a chuva, é geralmente poluída e cheia de vermes. Essa água é responsável por grande parte das doenças do sertão: amebíase, diarréia, tifo, cólera.
O PROJETO CISTERNAS
O Projeto 1 Milhão de Cisternas (P1MC) pretende construir uma cisterna para cada casa do Semi-Árido Nordestino, onde, se calcula, vivem cerca de 3 milhões de famílias. Em 2001 foi criada a Articulação para o Semi-Árido (ASA), entidade que reúne mais de 700 Organizações Não-Governamentais (ONGs) presentes no Nordeste com o objetivo de erradicar a pobreza e a fome da região. A ASA adotou um projeto já existente da Caritas (uma instituição de assistência social ligada à Igreja Católica).
Após avaliação do impacto da construção de cisternas em algumas pequenas comunidades, a ASA decidiu tentar ampliar o projeto, para construir 1 milhão de cisternas que beneficiassem 5 milhões de pessoas no prazo de cinco anos. Já foram construídas 4.000 cisternas. Os planos contemplam a construção de 45 mil no primeiro ano, 138.500 no segundo, 275.400 no terceiro, 299.100 no quarto e 242 mil no quinto, a um custo estimado de R$ 1.300,00 para cada cisterna, nos cálculos das ONGs.
A ONG dos funcionários do Banespa, que construiu pouco mais de 90 cisternas na região, chegou a custos que variam entre R$ 844,00 até R$ 1.200,00. A variação é grande não só pelas cisternas poderem ser de diferentes tamanhos (10 mil até 20 mil litros) e tipos, mas também por depender do uso de mão-de-obra local, para complementar a renda da própria família, ou de moradores da região que constroem os reservatórios em sistema de mutirão.
As cisternas são feitas com placas pré-moldadas de cimento, segundo know-how de um morador da região. Nel, pedreiro de Simão Dias, Sergipe, começou a construir cisternas de placas há 35 anos, com seu irmão. De lá, a prática se estendeu para Bahia, espalhando-se pelo Nordeste.
Os benefícios do Projeto Cisternas consistem em reduzir drasticamente a mortalidade infantil, combater o analfabetismo, aumentar a renda, organizar as comunidades, frear o êxodo rural.
domingo, 16 de outubro de 2011
Instituições e Desenvolvimento no Semi-Árido Baiano
Resumo
Este trabalho mostra o papel que a qualidade das instituições desempenha na determinação do sucesso ou fracasso de políticas regionais. A persistência de indicadores desfavoráveis para regiões pobres contradiz a tese da convergência neoclássica e evidencia as falhas das políticas keynesianas. Diante das limitações teóricas para explicar as causas do desenvolvimento regional desigual, este estudo adiciona o conjunto de instituições formais e informais como variável determinante da (in)eficiência das políticas regionais. Utiliza como referência o atraso econômico experimentado pelo semi-árido baiano para demonstrar que tanto a convergência ao mesmo steady state dos neoclássicos quanto as políticas keynesiansa só têm validade em um ambiente com instituições de melhor qualidade. A inércia institucional reproduziu, ao longo tempo, instituições de qualidade inferior no semi-árido baiano, o que impediu a absorção por esta região dos benefícios das políticas econômicas. O estudo conclui com a necessidade de combinação de políticas regionais do tipo top-down e bottom up, numa síntese exógenas-endógenas, que sejam capazes de implementar mudanças incrementais na matriz institucional, de modo a garantir a acumulação de capital humano e favorecer a mobilidade dos fatores de produção ao mesmo tempo que estimula o crescimento econômico.
Justificativa
A fome reflete um traço dramático da pobreza nordestina desde o tempo da colonização. A exploração econômica baseada na concentração da terra (principal meio de produção no semi-árido) em grandes latifúndios reservava pouco espaço para o plantio de culturas de subsistência, resultando na escassez de alimentos. A busca pela sobrevivência como condição primeira de vida limita as condições para o desenvolvimento de práticas sociais, da educação e das relações econômicas. Isto impede a constituição de instituições de melhor qualidade ao longo do tempo. As crenças, a forte religiosidade e o pouco contato com outras culturas reproduziu, ao longo de gerações, a aceitação desta condição como uma característica própria da região. Como conseqüência, houve pouco estimulo para mudanças incrementais na matriz institucional. A persistência de indicadores econômicos e sociais desfavoráveis para regiões pobres como o semi-árido baiano contradiz a tese da convergência neoclássica e evidencia as falhas de governo nas políticas regionais adotadas.
A relevância deste trabalho está em chamar a atenção para a urgência de ações que promovam mudanças incrementais na matriz institucional, não só para aumentar a conectividade das regiões pobres com as redes econômicas globais, mas, principalmente, para melhorar a dignidade dos pobres, aviltados pela fome e a miséria.
Objetivos:
Geral: Analisar o papel que desempenha a qualidade das instituições na explicação do atraso econômico da região semi-árida baiana.Avaliar o padrão das mudanças institucionais regionalmente localizadas e sua influência no desempenho econômico da região semi-árida baiana.
Identificar as variáveis determinantes da pobreza no semi-árido baiano e sua correlação com a qualidade das instituições locais.
Demonstrar que a persistência de indicadores econômicos e sociais desfavoráveis para regiões pobres como o semi-árido baiano, que contradiz a tese da convergência neoclássica e evidencia as falhas de governo nas políticas regionais adotadas, tem na sua base a matriz institucional da região.
Subsidiariamente contribuir para o debate e apontar alternativas que sejam capazes de, ao mesmo tempo, melhorar a qualidade das instituições e propiciar indicadores econômicos e sociais melhores para a região do semi-árido baiano.
Problema: A qualidade das instituições é uma variável determinante para a (in)eficiência das políticas de superação do atraso econômico e da pobreza no semi-árido baiano?
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Centro de Educação Científica do Semi-Árido é implantado na Bahia
Imaginem um estudante do ensino fundamental do semi-árido baiano – uma das regiões mais pobres do Estado – produzindo robôs, desenhos animados e até curtas-metragens de animação. Esta realidade digna dos estúdios cinematográficos modernos começa a se concretizar na Bahia, com a implantação, em Serrinha, do Centro de Educação Científica do Semi-Árido – nos moldes do Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra (IINN-ELS), no Rio Grande do Norte.
Implantado com o apoio da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI-BA), com recursos do Programa Estadual de Incentivo à Inovação Tecnológica (Inovatec) e outras fontes da Secti, o Centro, também conhecido como Escola de Ciências de Serrinha, leva a chancela do médico paulista Miguel Nicolelis, um dos mais renomados cientistas da atualidade, coordenador do laboratório de neurociências da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, e diretor do IINN-ELS. Ele ministrará a aula inaugural na segunda-feira (dia 21).Este Centro de Educação Científica está sintonizado com a meta de interiorizar as ações de Ciência e Tecnologia, dando acesso a baianos à oportunidade de se tornarem pesquisadores.
Como funciona o Centro de Educação Científica de Serrinha
O Centro recebe os alunos no turno oposto ao que eles frequentam as aulas nas escolas municipais e estaduais, a partir da 5ª série. O prédio do Colégio Estadual André Negreiros, cedido pela Secretaria de Educação do Estado da Bahia, através da Direc 12, foi totalmente reformado e modernizado, onde laboratórios permitem que os meninos e meninas mostrem o talento para uma área que, por muito tempo, foi de acesso exclusivo das elites. Os professores da rede pública local também serão beneficiados com a mesma qualificação continuada oferecida aos docentes do Centro, uma vez por mês.A próxima seleção acontece em dois anos, depois que os primeiros alunos tiverem concluído as oficinas de Ciência e Tecnologia, Ciência e Meio Ambiente, Ciência e Robótica, e Ciência e Arte. Até lá, outras cidades do Território Portal do Sertão devem ser incluídas, já que é preciso definir a logística de transporte. Para esta fase, os estudantes de Serrinha terão transporte garantido pela prefeitura municipal, parceira do projeto.
A unidade é gerida pela Associação Alberto Santos Dumont de Apoio à Pesquisa (ASSDAP). O Centro de Educação Científica do Semiárido contará também com o Instituto de Biotecnologia e Bioprospecção, em Feira de Santana, para dar suporte aos pesquisadores.
Miguel Nicolelis – neurocientista brasileiro reconhecido pelo mundo
O cientista paulistano, radicado há quase duas décadas nos Estados Unidos, Miguel Nicolelis, 49 anos, desenvolve algumas das pesquisas mais importantes do mundo sobre o cérebro. Atuando na área de fisiologia de órgãos e sistemas, é responsável pela descoberta de um sistema que possibilita a criação de braços robóticos controlados por meio de sinais cerebrais. O trabalho está na lista do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) sobre as tecnologias que vão mudar o mundo. A pesquisa que pode levar à cura do mal de Parkinson colocou o brasileiro como forte candidato ao prêmio Nobel.Fonte: Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia
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